O “Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza” foi criado em 2010 em homenagem ao ambientalista mineiro Hugo Werneck (1919-2008). Um dos precursores da consciência ecológica na América Latina – ele foi o fundador do Centro para a Conservação da Natureza e defensor da criação de importantes áreas verdes de Minas Gerais, como os parques Nacional da Serra do Cipó e Estadual do Rio Doce. Dr. Hugo acreditava que só o amor, a informação e a educação ambiental podem mudar a atitude do ser humano em relação ao meio ambiente e à natureza que nos resta.
De Inhotim, que já foi uma mineração e é hoje o maior museu e jardim botânico à céu aberto do planeta, à Serra do Espinhaço, eleita pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, graças à riqueza e beleza da sua biodiversidade ameaçada. É este o tema inspirador do XIII Prêmio Hugo Werneck, a maior distinção ambiental do Brasil, que este ano também irá homenagear a icônica figura da estátua do Juquinha, eternizada nos campos de altitude do Parque Nacional da Serra do Cipó, dividindo as bacias hidrográficas do Velho Chico e o Rio Doce. É ali, no ermo dos Gerais descritas por Guimarães Rosa, que o andarilho Juquinha colhia e distribuía flores de mudas de plantas aos passantes em troca de comida para sobreviver. Como não cansava de dizer Hugo Werneck, nem tudo está perdido. Apesar do recado climático e a dor do desmatamento suicida em toda a face da Terra, “No final, a sustentabilidade, a beleza e o amor à natureza vencerão!”
Porque nunca na história recente da humanidade, o ser humano destruiu tanto a natureza como agora, fruto do equívoco de um desenvolvimento ainda insustentável. E por isso mesmo, também se vê ameaçado, cada dia mais, ao destruir suas florestas e nascentes d´água que lhe dão sustento. Exemplo maior desta realidade são as ondas de calor jamais vistas. Bem como a morte dos rios e lagoas que formam o ecossistema do Pantanal, a maior e mais ameaçada planície alagada do planeta. De toda a biodiversidade terrestre, enfim, que tenta se proteger da nossa ignorância. E assim, nos proteger também. Nos dar a vida. Naturalmente.
As inscrições e indicações são recebidas pelo Comitê Executivo e encaminhadas à Comissão Julgadora, que analisa e avalia as iniciativas, projetos, programas e ações concorrentes ao prêmio, podendo também direcioná-los para outras categorias. Ela é composta por membros da Academia Ambiental – grupo formado por ambientalistas e personalidades com atuação em órgãos públicos ambientais e entidades educacionais independentes, bem como por integrantes dos Conselhos Editorial e Consultivo da Revista Ecológico. A Comissão Julgadora também é responsável pela conferência das notas de avaliação e legitimação do vencedor em cada categoria.
A solenidade de entrega do XII Prêmio Hugo Werneck contará com cobertura jornalística dos veículos: